quarta-feira, 24 de junho de 2015

Primeiras mil visualizações!!



Por: Ariene Nogueira, Dandara Rocha, Guilherme César e Giulliana Vendramini

Gostaríamos de agradecer a todos vocês que visualizaram e leram o nosso blog, aqui você encontra tudo sobre tendências, os textos postados são escolhidos da melhor forma possível para atender todos os gostos e estilos. S.O.S Tendência é o seu blog das tendências do passado, presente e uma noção do futuro. Que tal reviver a sua infância? relembrar emoções? Não perca as próximas postagens!!  

Obrigado!!! 


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A verdadeira irreverência do Carnaval está nas ruas

De: Guilherme D'Albuquerque

Cada vez mais democráticos, os blocos de rua mostram a genuína animação do Rio de Janeiro

 

O Carnaval carioca, mundialmente reconhecido como a maior festa popular do planeta, é muito mais do que do que os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. A vitrine dessa festa é, sem sombra de dúvida, os blocos que desfilam nas ruas da cidade antes, durante e depois da semana de Carnaval. Porém, esse cenário descontraído é recente. O carnaval de rua ganhou visibilidade apenas nos últimos dez anos, quando a Prefeitura passou a estruturar e organizar os blocos, oficializando-os. Bastou o setor público enxergar o potencial para que patrocinadores, marcas associadas a diversão e novos foliões fossem agregados ao renascimento do carnaval e da imagem do Rio de Janeiro no exterior. O número de blocos subiu de 140 em 2005 para mais de 450 em 2015, superou São Paulo (que teve 300 blocos nas ruas em 2015) e a tendência é de que em 2016 sejam mais de 500 blocos, levando cerca de 7 milhões de pessoas as ruas dessa megalópole de 13 milhões de habitantes.


O crescimento das pessoas nas ruas durante o Carnaval contrasta com o cenário visto nos anos anteriores. A violência instaurada em alguns bairros, o alto índice de assaltos durante as festividades e a desorganização de muito blocos afastaram e desinteressavam a grande parte do público carioca e fluminense. A falta de interesse político em elevar a imagem da festa popular entre os anos 80 e 2000 e a concentração de atividades festivas no Sambódromo, inaugurado em 1984, contribuíram para décadas de abandono daquela que hoje é a maior festa do planeta.


A ascensão do carnaval de rua começa ainda nos anos 1930, quando o então presidente Getúlio Vargas (1882-1954) toma a decisão de forjar uma identidade nacional para o Brasil, livre de influências estrangeiras. Decisão tomada, é escolhido o samba como ritmo que representaria (e ainda representa) o país no exterior. A escolha do ritmo acaba por promover a criação de escolas de samba, que organizam a festa nas ruas, que em poucos anos passam a arrastar milhares de pessoas para o Centro, fantasiadas e entoando marchinhas e sambas hoje consagrados. Esse cenário animador perdurou e se expandiu por mais de três décadas, e foi duramente interrompido pela ditadura militar (1964-1985), que enfrentou e desmantelou as festas populares por todo o país, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. O brilho da festa popular e colorida do Rio foi desaparecendo nos anos 1960 e 1970, ainda que blocos de rua se mantivessem, especialmente nas zonas Oeste e Norte da cidade. Blocos famosos atualmente, como a Banda de Ipanema, surgem durante esse período, na tentativa de manter a alegria e fazer críticas ao regime, e tentam ocupar uma Zona Sul claramente pró-militar. Com o declínio dos militares, o desfile das escolas de samba, que antes ocupavam a Praça Onze, começa a chamar a atenção internacional, e dá-se lugar ao carnaval mercadológico. Após a construção do Sambódromo e o fim da ditadura, as escolas passam a investir em grandiosos desfiles, cujo acesso a eles se torna quase inviável a maior parte das pessoas, especialmente durante as trocas de moedas nos anos 80 e 90.


O crescimento da violência urbana, a ascensão de outros gêneros musicais, o crescimento desordenado da cidade e até a má administração dos blocos lançaram o carnaval de rua nas sombras durante os anos 1990. Entretanto, muitos foliões perceberam a tentativa de elitizar o evento e se lançaram a criar e expandir os blocos de rua. Sem apoio oficial, o boca a boca foi o que trouxe milhões de pessoas as ruas no início desse milênio. A mídia carioca, que sempre teve seu foco na Zona Sul e Centro, percebeu essa expansão dos blocos a partir de 2000, e junto ao investimento do poder público, divulgaram cada vez mais as ruas. Os eventos internacionais que o Rio ganhou o direito de sediar, como os Jogos Panamericanos (2007), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), só aumentaram a visibilidade das ruas, que ganham mais adeptos do que os grandes desfiles. No final, apesar de todos problemas que o Carnaval teve e ainda tem, a tendência foi a democracia das ruas, afinal, o que há de ser mais democrático do que essa festa popular? A resposta ainda está por vir.

 

Acompanhe nosso podcast sobre esse assunto:

 

https://soundcloud.com/s-o-s-tend-ncias/podcast-carnaval

 

Os novos vocabulários do mundo

     Por: Giulliana Vendamini, Guilherme D'Albuquerque, Ariene Nogueira & Dandara Rocha


     Com o passar do tempo, vemos a constante mudança que é o nosso vocabulário, que sempre ganha palavras diferentes com o mesmo significado. Isso configura a existência e expansão das gírias, que são alteradas constantemente e sofrem ação da regionalidade desse pais de dimensões continentais.Um bom exemplo são cariocas e paulistanos, que moram próximos e mantém contato constantemente, mas possuem a variação nacionalmente conhecida para se referir ao amigo: "cara" no RJ, "mano" em SP.
       Mas nem sempre as gírias foram as mesmas, por esse motivo a linguagem dos seus avós e pais são bem diferente da sua: o que era "pitel" virou "gata", "supimpa" virou "maneiro" e por aí vai. E pra você ver que realmente existe essa diferença produzimos um vídeo no qual usamos pessoas de diferentes idades falando as gírias de sua época, vem conferir:
         

                           

terça-feira, 9 de junho de 2015

O funk ontem e hoje



O que era proibido no passado, hoje é caracterizado como ritmo do país


(Fonte: Imagem retirada da internet)






No final da década de 1960 surge nos Estados Unidos um novo estilo musical “Soul Music”, o funk se originou das músicas negra norte-americana tendo uma batida mais destacada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. As características desse gênero musical de fato são ritmos sincopados a densa linha de baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e dançante. O funk sofreu muito preconceito no inicio, o estilo musical era considerado impudente, essa palavra passava para as pessoas um sentido sexual na língua inglesa, o funk ficou conhecido por um ritmo mais lento e dançante, sexy, solto, com frases repetidas, fáceis de serem gravadas.

Em 1970, George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic o, mudou as características do estilo musical do funk,  tratava-se de um estilo mais pesado, influenciado pela psocodelia, dando origem ao nome P-Funk, nesse período surgiu novas banda e o funk foi ganhando espaço no mundo musical. A partir da década de 80 foram surgindo os bailes funks das periferias do Rio de janeiro que começaram a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, Miami, as músicas eram mais erotizadas e batidas mais rápidas, dentre os raps que marcaram o inicio do funk politizado é o “Feira de Acari” que relatava temas da famosa “Robauto” feiras de peças de carro roubados na cidade, com o tempo o funk ganhou um grande espaço entre os moradores de comunidades, as músicas tratavam o dia a dia dos moradores, abordavam a violência, a discriminação e a pobreza que existia nas favelas.



Foi então em 1990 que o funk carioca começou a ganhar uma ideologia própria, com letras do cotidiano das comunidades, começaram a criar concursos de raps em consequência disso o ritmo ficou cada vez mais conhecido, com isso o funk acabou sendo alvo de ataques e preconceitos, por ser um estilo musical predominante nas camadas mais baixas das sociedades, assim se criou o funk melody com músicas mais doces e com temas românticos, para quebrar os paradigmas de como o funk estava sendo interpretado pelas mídias, Mc Leozinho, Mc Buchecha e Mc Marcinho são ícones do funk nesse período. No final da década de 90 surgiram músicas com conotação erótica, caracterizada por ritmos sensuais, por vezes vulgares que ganhou força no ano 2000, batida repetida denominada “pancadão” ou “tamborzão”. Com o passar do tempo o funk só tem evoluído, começou a ganhar espaço não só no campo musical mais também na mídia, os ritmos de funk continuaram ainda podemos encontrar um proibidão, funk erótico ate mesmo de ostentação, o que era algo proibido no passado, hoje invade todos os tipos de classes, o funk faz sucesso em todo o país, sendo caracterizado como ritmo brasileiro.


  

1-  Mc Buchecha, 1975, cantor e compositor brasileiro, suas músicas mais tocadas são: Hot Dog, Dor que não tem fim e Obsoleto.

2    2- Mc Marcinho, 1977, cantor e compositor brasileiro, suas músicas mais tocadas são: Glamourosa, Rap do solitário e Tudo é festa.

      3- Mc Leozinho 1977, cantor e compositor de funk melody brasileiro, suas músicas mais tocadas são: Se Ela Dança, Eu Danço, Tô Tranquilão e Toda Gostosa.





A entrada da mulher no funk

Pouco a pouco o funk tem se tornado cada vez mais feminino, não somente por ser interpretada por uma voz feminina, mas sim pelos ritmos calmos e batidas suaves. A mulher se sente mais valorizada, com atitude, no qual perde o símbolo da dona de casa, elas também podem cantar e estar na mídia, Mc Anitta, Mc Ludmilla e Valesca Popozuda são demonstrativos de cantoras que recriaram a característica do funk. 






1 – Mc Anitta, 1993, cantora, compositora, dançarina e atriz brasileira de música pop, suas músicas mais tocadas são: Show das poderosas, Menina má e Blá Blá Blá.


2 – Valesca Popozuda, 1978,cantora, compositora, produtora musical e empresária brasileira, suas músicas mais tocadas são: Beijinho no ombro, Eu sou a diva que você quer copiar e Me ama.


3-Mc Ludmilla, 1995, cantora e compositora brasileira que ascendeu à fama em 2012, suas músicas mais tocadas são: Hoje, Te Ensinei Certin e Sem querer.